
A Irmandade Muçulmana gera medo pânico em todo o ocidente, porque o governo de Mubarak sempre apresentou os “irmãos” como se fossem idênticos à al-Qaeda. Não há sandice maior. A organização opõe-se completamente a qualquer tipo de violência contra civis – o que a põe em campo absolutamente oposto à al-Qaeda. Uma Irmandade Muçulmana que refute a violência e seja ativa nas políticas civis no Egito pode ser o melhor antídoto contra os fanáticos à moda al-Qaeda. Por outro lado, não parece haver dúvidas de que – com a Irmandade Muçulmana participando do governo do Egito – o tratado de paz com Israel será renegociado. O artigo é de Pepe Escobar.
Com o preço do barril de óleo ultrapassando a barreira dos US$100 pela primeira vez desde setembro de 2008; o medo cada vez maior de que se interrompa o fluxo de petroleiros pelo Canal de Suez; bancos, escolas e a Bolsa de Valores fechados; comitês populares encarregados da segurança da cidade; policiais queimando os próprios uniformes e unindo-se aos manifestantes; e piquetes de ativistas, manifestantes e blogueiros escrevendo furiosamente em bancadas e bancadas de laptops para distribuir notícias ao mundo (antes de o governo do presidente Hosni Mubarak ter “valentemente” derrubado o último provedor de serviços de internet que ainda funcionava), a revolução egípcia parece aproximar-se do último tempo do jogo.
A estratégia do Faraó e de seu “sucessor” Omar (o “torturador suave”) Suleiman é usar o exército para intimidar, e depois demonstrar que a rua só conseguirá tingir de sangue o Nilo. Não me parece provável. Mas, sim, essa ditadura militar cruel fará qualquer coisa para manter-se agarrada ao poder. Clique aqui e continue a leitura.